Nesta quinta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que, para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de fato, fazer oposição ao governo federal, terá que responder, primeiro, a “vários inquéritos” em que é mencionado. Depois de se envolver com polêmicas principalmente com o ex-juiz e senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), Lula disse que o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, o orienta a não citar nominalmente “o coisa” e “a coisa”, em referência a Bolsonaro e ao senador.
– Pretendo falar o menos possível – disse Lula, em café da manhã com jornalistas.
Pouco depois, no entanto, em outro momento do encontro no período da manhã, o chefe do Executivo comentou o retorno de Bolsonaro ao Brasil, chamando-o pelo nome.
– Tenho consciência que Bolsonaro voltou a acreditar tanto em política que se filiou ao PL – afirmou.
– Ele já não discorda tanto da política quanto discordava – disse em referência ao discurso de ser contra a política e o Centrão.
Nesta quarta (5), Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal para, pela primeira vez, dar explicações oficiais sobre as joias presenteadas pelo regime da Arábia Saudita. O interrogatório durou três horas.
Apesar da explicação, Lula disse que o crime mais grave de Bolsonaro foi em relação à crise sanitária da Covid-19.
– Vai ter muito processo pela frente – comentou o petista.
– Meu papel não é ficar preocupado com o que ele vai fazer, mas sim, o que eu tenho que fazer neste país – completou, mesmo tendo falado bastante do ex-presidente.
*AE
Fonte: Pleno News
