Relatório de inquérito militar aponta falha do GSI em evitar invasões de 8 de janeiro

Brasil

De acordo com um inquérito militar que investigou as invasões ocorridas no dia 8 de janeiro nos prédios dos Três Poderes, a Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial, que faz parte do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), poderia ter evitado os danos causados durante a manifestação. As informações foram divulgadas pela Folha de São Paulo.

O inquérito, que gerou um relatório em março, aponta para uma falha do governo em criar um planejamento adequado para evitar que a manifestação resultasse em invasões e danos aos prédios dos órgãos governamentais.

O relatório menciona a responsabilidade do GSI em fazer o “planejamento, o acionamento e o emprego” de militares para ações relacionadas à segurança física do Palácio do Planalto e arredores.

O documento isenta as tropas militares da culpa e atribui responsabilidade à secretaria do GSI e ao Departamento de Segurança Presidencial (Dseg), sem, no entanto, citar nomes específicos dos responsáveis. Na época das invasões, a Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial era chefiada pelo general Carlos Feitosa Rodrigues, que estava no cargo desde 2021, e o Dseg era comandado pelo coronel Wanderli Baptista da Silva Junior. Ambos foram nomeados pelo general Augusto Heleno durante o governo de Jair Bolsonaro.

Após a divulgação das imagens internas do Palácio do Planalto do dia 8 de janeiro, o general Carlos Feitosa Rodrigues pediu demissão em abril deste ano.

O inquérito militar levanta questões sobre a segurança e o planejamento do governo em relação a eventos de manifestações e reforça a importância de medidas preventivas para evitar incidentes como os ocorridos nas invasões de janeiro.

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