Em entrevista concedida à Crusoé e publicada no último dia 28, o ex-presidente Jair Bolsonaro fez declarações enfáticas sobre a sua situação política após deixar a Presidência da República. O líder conservador foi questionado sobre se sente perseguido mesmo após o término de seu mandato, e ele respondeu com uma frase emblemática, afirmando que “triste é o país que condena seus cidadãos não por erros, falhas, mas quando condena por virtudes”.
Bolsonaro também comentou sobre a sua inelegibilidade, questionando o motivo dessa situação. Ele destacou que o seu governo entregou o país em melhores condições do que recebeu em 2019, e considerou triste que um cidadão seja condenado não por erros, mas por suas virtudes.
Quando questionado sobre a decisão de deixar o Brasil em 30 de dezembro, Bolsonaro afirmou que tomou essa medida para evitar passar a faixa presidencial a alguém “com o passado do atual presidente que está aí”. Ele referiu-se ao atual presidente, indicando sua insatisfação com a forma como o mesmo foi “descondenado” para driblar a Lei da Ficha Limpa e as questões tratadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições do ano passado.
Em relação a especulações sobre a possibilidade de dar um golpe de Estado, Bolsonaro negou tal intenção, destacando que, se realmente tivesse interesse em fazer isso, teria agido durante o seu mandato, e não uma semana após deixar a Presidência.
O ex-presidente considera as eleições do ano passado como uma página virada e ressalta que, mesmo com todas as adversidades, a democracia seguiu seu curso. As declarações de Bolsonaro na entrevista à Crusoé mostram sua perspectiva sobre a atual situação política do país e reforçam a sua posição como líder de oposição, mesmo após encerrar seu mandato na Presidência.
