Advogado após depoimento de Cid à PF: “Não delatou”

Política Nacional

No decorrer da sexta-feira (25), o tenente-coronel Mauro Cid, que anteriormente serviu como ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi submetido a um depoimento perante a Polícia Federal (PF). Após a conclusão da oitiva, o advogado de Cid, César Bitencourt, esclareceu aos jornalistas que se encontravam aguardando informações, afirmando que não houve qualquer forma de delação por parte de Cid. Essa afirmação é reportada pelo Metrópoles.

Bitencourt declarou com clareza: “Não, ele não delatou.”

O depoimento do militar teve uma duração de quase duas horas, conforme informado pelo advogado. Quando questionado sobre o conteúdo da conversa entre Cid e a PF, Bitencourt optou por ser sucinto, dizendo apenas que: “Falaram sobre os fatos.”

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro havia sido convocado pela PF com o objetivo de esclarecer as alegações do hacker Walter Delgatti, que mencionou a possibilidade de um encontro entre ele e Bolsonaro. Segundo as declarações do hacker, um encontro teria ocorrido em agosto de 2022, quando Bolsonaro ainda era presidente, com a finalidade de discutir supostas fraudes nas urnas eletrônicas.

Mauro Cid, que acompanhava Bolsonaro em suas atividades na época, prestou esclarecimentos a respeito das informações apresentadas por Delgatti durante uma sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) em 8 de janeiro. De acordo com as alegações, nesse encontro em questão, Bolsonaro teria supostamente oferecido um indulto em troca dos serviços do hacker para manipulação das urnas eletrônicas.

A PF conduziu o depoimento no intuito de determinar se de fato ocorreu tal encontro ou se houve algum momento em que o hacker tenha sido recebido por Bolsonaro no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente.

O desdobramento dessa situação se insere em um contexto mais amplo, envolvendo investigações sobre a segurança das urnas eletrônicas e possíveis tentativas de manipulação do processo eleitoral. A transparência e a apuração rigorosa dos fatos são elementos cruciais para o esclarecimento de eventuais irregularidades e a manutenção da confiança no sistema democrático do país.

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