Eliziane e Feliciano têm discussão acalorada na CPMI do 8/1; veja

Política Nacional

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro se transformou em um cenário de tensão e embate entre dois parlamentares evangélicos: a relatora Eliziane Gama (PSD-MA) e o deputado Marco Feliciano (PL-SP). Durante a sessão, Eliziane acusou Feliciano de ser misógino, enquanto ele alegou que a senadora estava irritada por não conseguir visitar igrejas no Maranhão sem ser vaiada.

O embate começou quando Eliziane Gama afirmou que desde sua chegada à comissão, Marco Feliciano a provocava e a olhava com “um olhar carregado de ódio”. Ela o chamou de misógino e criticou seu tratamento para com as mulheres na casa legislativa. A senadora relatou também que quando era jovem, ajudou a financiar a ida de Feliciano para pregar em sua igreja, vendendo pães e cachorros-quentes.

Eliziane não poupou críticas, afirmando que ele não merece ser chamado de pastor devido ao ódio que carrega consigo, e pediu que ele siga o verdadeiro evangelho de Cristo. O confronto atingiu um ponto em que Eliziane chegou a acusar Feliciano de ser uma “pessoa abjeta, misógina” e um “fariseu hipócrita”. Em resposta, Feliciano alegou que ela estava atacando sua religião e fé.

As alegações de ambos os lados foram carregadas de emotividade e conflito, revelando profundas divergências não apenas políticas, mas também religiosas e pessoais. A discussão continuou a se aprofundar quando Feliciano usou uma analogia bíblica para argumentar que até o diabo conhece a Bíblia, assim como Eliziane.

O presidente da CPMI, Arthur Maia, tentou intervir para encerrar a discussão, alegando que os termos ofensivos utilizados pelos parlamentares deveriam ser retirados das notas taquigráficas. Contudo, a troca de acusações e declarações emocionais já havia marcado o cenário da comissão.

O conflito entre esses parlamentares evangélicos destaca como as questões religiosas, políticas e pessoais podem se entrelaçar de maneira complexa no cenário político. A CPMI, que originalmente foi criada para investigar os eventos ocorridos no dia 8 de janeiro, quando extremistas invadiram o Capitólio dos Estados Unidos, se tornou um palco para confrontos acirrados que extrapolam a sua própria pauta. Isso reforça a importância do respeito e do diálogo construtivo em um ambiente político tão diverso e sensível como o presente.

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