Deputado quer Lula no inquérito sobre venda de joias de Bolsonaro

Política Nacional

O deputado Rodrigo Valadares, do partido União-SE, fez um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), seja incluído no inquérito que investiga a venda de presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante suas viagens oficiais. Em seu ofício, o parlamentar menciona um relógio da marca Piaget, avaliado em R$ 80 mil, que foi dado a Lula na França em 2005, mas que não consta na lista de presentes oficiais informados ao Tribunal de Contas da União (TCU).

A inclusão de Lula nesse inquérito tem como base o fato de que o relógio Piaget, mesmo após ter sido afirmado pelo próprio Lula que foi presenteado pelo ex-presidente francês Jacques Chirac, não foi registrado nas declarações oficiais de presentes recebidos pelo ex-presidente ao TCU. Essa discrepância levanta a questão da legalidade e transparência dos presentes recebidos por figuras políticas.

O inquérito original envolvendo Bolsonaro se concentra na venda irregular de um relógio Rolex, presente do governo da Arábia Saudita, em uma tentativa de enriquecimento ilícito. As investigações mostraram que membros da equipe do ex-presidente buscaram comercializar joias e itens de luxo recebidos em compromissos oficiais da Presidência, mas essas ações foram interrompidas após a divulgação de informações sobre a tentativa de entrada ilegal desses presentes no Brasil.

O deputado Valadares ressaltou a importância da isonomia e de um julgamento justo, independentemente de afinidades partidárias ou ideológicas. Ele argumenta que, se há investigações em andamento em relação aos presentes de Bolsonaro, também deve haver uma investigação similar em relação aos presentes recebidos por Lula.

Esse pedido de inclusão de Lula no inquérito traz à tona não apenas questões sobre a legalidade dos presentes recebidos por líderes políticos, mas também sobre a transparência e a integridade das declarações feitas ao TCU. A busca por igualdade perante a lei e por investigações imparciais são princípios fundamentais em um sistema democrático e de justiça.

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