Brasília, 5 de julho de 2023 – Nesta quarta-feira (5), deputados da oposição apresentaram dois pedidos de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), em decorrência de suas declarações durante o Foro de São Paulo.
Um dos pedidos foi protocolado pela deputada federal Caroline de Toni, do Partido Liberal (PL) de Santa Catarina. Segundo a parlamentar, o presidente “violou vários diplomas constitucionais” em seu discurso perante líderes da esquerda de vários países da América Latina.
Caroline de Toni argumentou que a Constituição estabelece que todo partido político tem caráter nacional e não pode receber recursos de nações estrangeiras. Caso isso ocorra, o partido pode ser cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A deputada afirmou que é um crime contra a soberania nacional, a família e os costumes.
O segundo pedido de impeachment foi apresentado pelo deputado federal Paulo Bilynskyj, do PL de São Paulo, que criticou a visão do presidente Lula sobre a democracia. Bilynskyj alegou que Lula relativizou a democracia e recebeu uma repreensão de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Para o deputado, as declarações do presidente configuram crime.
Ambos os pedidos de impeachment receberam a assinatura de 140 parlamentares. Agora, os documentos serão avaliados pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do Progressistas (PP) de Alagoas. Lira terá a prerrogativa de decidir se dará prosseguimento aos pedidos ou não.
A apresentação desses pedidos de impeachment reflete a polarização política no país e a divergência de opiniões em relação ao presidente Lula. Cabe agora ao presidente da Câmara avaliar a admissibilidade dos pedidos e decidir os próximos passos. O tema promete gerar intensos debates e movimentar o cenário político brasileiro nos próximos dias.
