Brasília, DF – Nesta quinta-feira (20), a Polícia Federal (PF) solicitou a íntegra do vídeo apresentado pelo advogado Ralph Tórtima, representante da família Mantovani no caso contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O órgão federal apontou suspeitas de adulteração no material, que foi apresentado pela defesa na última quarta-feira (19).
De acordo com Tórtima, o vídeo com duração de dez segundos foi apresentado na íntegra, e ele negou veementemente que a mídia tenha sido editada. A CBN noticiou que o advogado considerou o pedido da PF como uma tentativa de descredibilizar a prova apresentada.
A defesa sustenta a hipótese de que o vídeo mostra o momento em que Moraes, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), chama Zanatta de “bandido”. As imagens teriam sido gravadas por Alex Zanatta, genro do casal Roberto Mantovani Filho e Andréa Munarão, também envolvidos na suposta agressão e hostilização ao magistrado.
Tórtima criticou o andamento das investigações e questionou o fato de Moraes e seu filho, Alexandre Barci Moraes, não terem se apresentado à PF para prestar depoimento.
As imagens do ocorrido no aeroporto já foram recebidas pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal). No entanto, a Secretaria de Justiça italiana precisa autorizar o compartilhamento do material. Segundo o G1, um representante da PF busca agilizar a liberação das imagens para que sejam enviadas da Interpol da Itália para a Interpol do Brasil por meio de um arquivo digital. O desdobramento desse caso atrai a atenção do público e levanta questões importantes sobre transparência e investigações imparciais no sistema judiciário brasileiro.
