X remove Brasil dos países onde anúncios políticos são permitidos

Política Nacional

Em uma decisão drástica e inesperada, a rede social X, antes conhecida como Twitter e comandada por Elon Musk, baniu completamente anúncios políticos pagos em sua plataforma no Brasil a partir de 29 de abril de 2024. A medida ocorre no limite do prazo de 60 dias imposto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que as plataformas digitais se adequassem às novas regras que visam combater a desinformação e a propaganda online nas eleições municipais de outubro deste ano.

A decisão do X representa um duro golpe para os políticos brasileiros que utilizavam a plataforma como um importante canal de comunicação com seus eleitores. A rede social era particularmente popular entre figuras públicas de direita, que frequentemente a usavam para disseminar suas mensagens e atacar seus oponentes.

Embate com TSE e Musk acirra tensões

A decisão do X de banir anúncios políticos no Brasil é o mais recente capítulo em uma saga que se arrasta há algumas semanas, marcada por embates entre a plataforma, o TSE e o próprio Elon Musk.

No início de abril, Musk disparou críticas contra o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, acusando-o de violar a Constituição e promover a censura. As tensões aumentaram quando o ministro incluiu Musk como investigado no inquérito das milícias digitais por “instrumentalização dolosa” do X.

Um relatório do Congresso dos EUA acusou o governo brasileiro de “censurar” a plataforma, e a Polícia Federal (PF) alegou que o X flexibilizou restrições a perfis bloqueados pelo STF, o que foi negado pela rede social.

Futuro da publicidade política online no Brasil é incerto

Com a decisão do X de banir anúncios políticos, o futuro da publicidade online nesse segmento no Brasil se torna incerto. Resta saber se outras redes sociais seguirão o mesmo caminho e como as plataformas digitais encontrarão maneiras de se adequar às novas regras do TSE sem comprometer a liberdade de expressão.

O impacto da medida nas eleições de outubro ainda é difícil de avaliar, mas é certo que a decisão do X terá um efeito significativo no cenário político brasileiro.

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