Durante uma reunião do Partido Liberal (PL) em Brasília nesta quinta-feira (6), o ex-presidente Jair Bolsonaro admitiu ter ficado “chateado” com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, após ele declarar apoio à reforma tributária proposta pelo governo Lula. Bolsonaro ressaltou, no entanto, que buscou dialogar com o ex-ministro durante a reunião.
Bolsonaro mencionou que muitas pessoas ficaram chateadas com Tarcísio, inclusive ele mesmo, mas destacou a importância do diálogo. Ele explicou que não concorda com a proposta da reforma tributária, pois não há garantias de que as emendas propostas sejam aprovadas. Bolsonaro afirmou que conversou extensamente com Tarcísio e que ele está buscando a inclusão das emendas no texto da PEC junto ao relator, em vez de uma aprovação apressada.
O ex-presidente enfatizou que, se a proposta não fizer justiça e reduzir a carga tributária, a tendência do PL é votar contra. Ele expressou preocupações com os setores de Educação, Saúde e Serviços, que poderiam ser afetados negativamente pela reforma.
Durante a reunião, Tarcísio tentou explicar seu apoio à reforma, mas foi constantemente interrompido por congressistas insatisfeitos com sua postura. Ele ressaltou a importância da direita não abrir mão da reforma tributária, afirmando que considera arriscado abandonar essa pauta.
Em uma postagem no Twitter feita nesta quinta-feira, Bolsonaro fez um apelo aos congressistas para que votem contra a “reforma tributária do Lula”. Ele expressou preocupações com a pressa em votar o texto final da PEC e destacou a importância de proteger os pagadores de impostos.
A discussão em torno da reforma tributária demonstra as divisões dentro do partido em relação a essa proposta, assim como a complexidade e a sensibilidade do tema, que afeta diretamente a economia e a vida dos cidadãos. A votação da reforma é aguardada com expectativa, uma vez que seu resultado terá impacto significativo na política econômica e fiscal do país.
