Moraes diz que Jair Bolsonaro ordenou desvios de presentes

Política Nacional

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a Operação “Lucas 12:2”, que investiga o suposto desvio de presentes oficiais oferecidos por países à Presidência da República. Moraes afirmou ter encontrado “fortes indícios de desvio de bens de alto valor patrimonial” envolvendo militares que teriam vendido esses presentes.

O nome da operação é baseado no versículo bíblico Lucas 12:2, que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido.” Essa escolha pode ser vista como uma provocação ao ex-presidente, que frequentemente citava o versículo João 8:32, “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

Segundo Moraes, a Polícia Federal analisou parte dos materiais apreendidos e encontrou indícios de desvio de bens de alto valor que foram entregues por autoridades estrangeiras ao Presidente da República ou agentes públicos, com posterior ocultação da origem, localização e propriedade dos valores. Ele sugere que a decisão de desviar esses presentes teria sido tomada pelo então presidente Jair Bolsonaro.

O ministro destaca que há suspeitas de que o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal da Presidência da República tenha sido utilizado para desviar presentes de alto valor para o acervo privado do ex-presidente, sem a devida avaliação.

Um dos casos mencionados é a suposta negociação de uma palmeira banhada a ouro, recebida durante uma viagem de Bolsonaro ao Bahrein. O contexto dessa negociação é apontado como um dos principais focos da investigação.

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