A deputada federal Luciene Cavalcante, filiada ao PSOL de São Paulo, solicitou ao Ministério Público Federal (MPF) que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja investigado por estelionato. Segundo a parlamentar, Bolsonaro recebeu R$ 17 milhões em doações de seus apoiadores para pagar multas relacionadas a eventos realizados durante a pandemia sem o uso de máscaras. No entanto, esse valor foi investido em renda fixa, de acordo com informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Para Luciene Cavalcante, Bolsonaro enganou seus apoiadores, pois não os informou adequadamente sobre o destino do dinheiro arrecadado através das doações. Ela argumenta que o ex-presidente não deixou claro aos doadores a finalidade das contribuições, levando-os a acreditar que seriam utilizadas para pagar as multas decorrentes das infrações sanitárias no estado de São Paulo, quando, na verdade, o dinheiro se tornou parte de sua renda pessoal.
Em resposta, a defesa de Bolsonaro, representada pelo advogado Fabio Wajngarten, rejeitou as acusações feitas pela deputada. Ele classificou as alegações como “absolutamente sem pé nem cabeça” e afirmou que a parlamentar estaria buscando apenas os holofotes ao fazer tal pedido de investigação.
A questão das multas e do uso das doações recebidas pelo ex-presidente tornou-se objeto de debate e interesse público, suscitando debates sobre a transparência e a prestação de contas por parte dos políticos em relação aos recursos arrecadados junto a seus apoiadores. Com o pedido de investigação feito pela deputada Luciene Cavalcante, o caso ganha mais destaque e pode desencadear novos desdobramentos legais e políticos.
