Deputados federais apresentaram um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (7), com o objetivo de obter esclarecimentos do ministro da Justiça, Flávio Dino, em relação a antigas publicações feitas em seu perfil no Twitter, nas quais ele questionava a segurança das urnas eletrônicas. Essas mesmas dúvidas levaram o ex-presidente Jair Bolsonaro a ser considerado inelegível.
As mensagens em questão foram postadas por Dino entre agosto de 2012 e junho de 2014, período anterior à sua eleição como governador do Maranhão. Nos tuítes, o ministro colocava em xeque a inviolabilidade das urnas eletrônicas, levantando preocupações sobre a possibilidade de fraude e a alteração dos resultados eleitorais, principalmente em eleições com margens pequenas.
Parlamentares, como Maurício Marcon do Podemos e Carlos Jordy, Nikolas Ferreira, Cabo Gilberto, André Fernandes e Paulo Bilynskyj do PL, entre outros, questionam o duplo padrão adotado por Flávio Dino em relação às urnas eletrônicas, uma vez que ele expressou dúvidas sobre sua segurança no passado, assim como Jair Bolsonaro.
A ação ainda não tem um relator definido no STF, podendo ser analisada pela ministra-presidente Rosa Weber, responsável pelo plantão da Corte. Os deputados buscam esclarecimentos sobre a mudança de posicionamento do ministro e o possível uso de um critério diferenciado em relação à segurança das urnas eletrônicas.
A decisão do STF em relação a essa questão será fundamental para compreender a consistência e a coerência dos argumentos apresentados por Flávio Dino, bem como para esclarecer eventuais discrepâncias em suas opiniões anteriores sobre a segurança do sistema eleitoral brasileiro. O processo está em curso, e aguarda-se a definição do relator para dar prosseguimento ao caso.
