Dilma Rousseff engavetou estudo que previa enchentes no Sul
O governo da ex-presidente Dilma Roussef (PT) arquivou um estudo que previa inundações no Sul do Brasil. Há cerca de uma década, um relatório foi apresentado à Presidência da República, prevendo chuvas intensas na região Sul como resultado das mudanças climáticas.
O relatório, intitulado “Brasil 2040”, também sugeriu medidas a serem implementadas. Ele previa ainda a elevação do nível do mar, mortes por ondas de calor, colapso de hidrelétricas, escassez de água no Sudeste, agravamento das secas no Nordeste e aumento das chuvas no Sul.
Em vez de ser usado para mitigar os impactos negativos das mudanças climáticas, o estudo foi arquivado, supostamente por trazer previsões desfavoráveis.
Na época, o relatório custou R$ 3,5 milhões e envolveu mais de 30 pesquisadores de várias universidades brasileiras.
A seção sobre recursos hídricos foi assinada por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), através da Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura. A coordenação ficou a cargo dos professores Eduardo Sávio Martins e Francisco de Assis de Souza Filho.
O estudo realizado pela Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura destacou um aumento de mais de 15% no nível de chuvas no extremo sul do Brasil.
Os pesquisadores propuseram medidas como a elaboração de planos de contingência específicos para eventos de inundações, entre outras, como sistemas de alerta e adaptação da drenagem urbana.