Nesta quinta-feira (29), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recorreu à religião em uma tentativa de influenciar o voto do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro expressou seu desejo de que Moraes seja tocado por Deus e vote contra a punição por inelegibilidade no julgamento referente à reunião com embaixadores.
“Quem sabe o Alexandre de Moraes tenha um momento de Deus tocar o coração dele. Até aqui, não tocou em momento algum”, afirmou Bolsonaro.
Atualmente, três ministros do TSE já votaram a favor da inelegibilidade de Bolsonaro até 2030. Apenas um voto é necessário para confirmar a maioria e tornar o ex-presidente inelegível.
Alexandre de Moraes será o último a votar, após os votos da ministra Cármen Lúcia e do ministro Kassio Nunes Marques.
Bolsonaro é acusado de abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação durante a reunião com embaixadores no Palácio do Planalto, ocorrida em julho do ano passado. Na ocasião, sem apresentar provas, o ex-presidente atacou o sistema eleitoral brasileiro.
O julgamento, que foi suspenso nesta quinta-feira, será retomado amanhã, sexta-feira (30).
O apelo de Bolsonaro e o desfecho desse julgamento são temas de grande relevância política e podem ter impactos significativos no cenário eleitoral brasileiro. A busca por influenciar a decisão através de apelos religiosos demonstra a intensidade das disputas políticas e a importância atribuída ao resultado do julgamento. O desenrolar dessa situação será acompanhado de perto, uma vez que afetará diretamente a elegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro e poderá ter repercussões nas eleições futuras.
