Ativista Ivan Baron defende vigilância e crítica ao presidente Lula em prol das minorias

Política Nacional

Em uma entrevista exclusiva concedida à Folha de S. Paulo nesta quarta-feira (7), o influenciador e ativista Ivan Baron, conhecido por sua militância em favor das causas das pessoas com deficiência e da comunidade LGBTQIA+, ressaltou a importância de cobrar e criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando necessário, mesmo após ter subido a rampa do Palácio do Planalto ao lado do líder petista durante sua posse em janeiro.

Ivan, de apenas 24 anos, enfatizou que a luta em prol das minorias não pode ser considerada encerrada com a vitória de Lula. Segundo o ativista, é fundamental que as minorias permaneçam “vigilantes” no atual governo e não deixem de expressar suas preocupações e insatisfações quando se sentirem ofendidas ou ameaçadas.

Ao ser questionado sobre um vídeo recente em que artistas que apoiaram Lula, como Mateus Solano, Larissa Maciel e Thiago Lacerca, expressaram decepção com a política ambiental do governo petista, Ivan destacou que a subida da rampa presidencial não deve ser apenas um gesto simbólico ou representativo usado em campanhas eleitorais. Ele ressaltou que todos os representantes das minorias que estiveram presentes naquela ocasião têm o direito e a capacidade de cobrar o presidente, caso considerem necessário.

Em relação ao governo anterior de Jair Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), Ivan fez críticas contundentes e afirmou que a vitória de Lula foi uma tarefa de suma importância para derrotar o bolsonarismo. No entanto, ele ressaltou que a luta continua e que é fundamental que os direitos das minorias sejam retomados e não mais perdidos.

O ativista destacou que, apesar de suas ressalvas em relação ao atual presidente, a oportunidade de subir a rampa do Palácio do Planalto ao lado de Lula proporcionou uma visibilidade importante para as diversas camadas sociais, especialmente para as pessoas com deficiência. Ivan, que vive com paralisia cerebral decorrente de uma meningite adquirida aos três anos de idade, revelou que, muitas vezes, não se sentia representado nos movimentos pelos direitos humanos. Ele enfatizou que era comum dar voz apenas a pessoas brancas, heterossexuais e cisgêneras, relegando as pessoas com deficiência a um papel secundário. Por isso, ele acredita que é fundamental que todos sejam vistos e ouvidos, sem exceção.

As declarações de Ivan Baron levantaram discussões e reflexões sobre a importância de manter um olhar crítico e atento aos líderes políticos, mesmo quando representam causas consideradas progressistas. A luta pelas garantias e direitos das minorias não deve ser interrompida, e a vigilância constante é necessária para que avanços reais sejam alcançados e consolidados.

O ativista encerrou a entrevista destacando a importância de se manter o diálogo e a cobrança constante para promover mudanças e avanços sociais. Ele reiterou sua disposição em continuar lutando por uma sociedade mais inclusiva e igualitária, na qual todas as vozes sejam ouvidas e valorizadas.

A atuação de Ivan Baron como influenciador e ativista tem conquistado cada vez mais visibilidade e sua voz se tornou uma referência na defesa dos direitos das minorias. Sua coragem em criticar e cobrar mesmo aqueles com quem já esteve ao lado, como o presidente Lula, fortalece o debate político e a busca por uma sociedade mais justa e igualitária.

Nesse cenário de constantes transformações políticas, o papel dos ativistas como Ivan Baron é fundamental para manter a sociedade consciente e engajada, garantindo que os direitos das minorias sejam respeitados e promovendo mudanças significativas em prol de uma nação mais inclusiva.

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