O apelo desesperado da mãe de Priscila Belfort ao responsável pelo desaparecimento: ‘Nós já te perdoamos’

Em janeiro de 2004, Priscila Belfort, irmã do lutador Vitor Belfort, desapareceu de maneira misteriosa no centro do Rio de Janeiro. Na época, com 29 anos, ela foi vista pela última vez nas proximidades do prédio onde trabalhava. Desde então, nenhuma pista concreta sobre seu paradeiro foi encontrada, e as investigações da polícia seguiram por anos sem chegar a uma conclusão.

Recentemente, em uma reportagem especial exibida no programa Geral do Povo, da RedeTV!, Dona Jovita Belfort, mãe de Priscila, fez um apelo emocionante. Após duas décadas de incertezas e um luto sem fim, ela pediu misericórdia e encorajou quem souber algo sobre o desaparecimento, ou até mesmo o responsável, a falar:

“Eu e meu filho somos cristãos, e lá em São Paulo, quando assistimos ao documentário, sentamos juntos e oramos muito. Meu filho já havia perdoado essa pessoa, mas eu ainda resistia. Naquele momento, eu finalmente consegui perdoar. E hoje, quero falar para quem fez isso, ou sabe o que aconteceu: nós já te perdoamos. Independentemente do que for, acabe com o nosso sofrimento. Pegue um telefone e faça uma denúncia, mesmo que anônima. Eu preciso dessa resposta, seja o que for.”

Dona Jovita vive com a dor de quem não sabe o que aconteceu com sua filha. Durante o desabafo, ela contou como essa ausência consome sua vida a cada dia:

“A vida passa a ser em preto e branco. A cor desaparece, tudo perde a cor. Desde o momento em que minha filha desapareceu, o meu sentimento… você está conversando com a Jovita de 2004. A dor é a mesma, a saudade é a mesma, a tristeza é a mesma. É tudo igual. Só a vida ao redor muda, mas nós, enquanto não tivermos uma resposta, permanecemos iguais.”

Para ela, a busca por justiça ou culpados já não é o mais importante, mas sim trazer alívio a um coração que sofre há 20 anos.

“Essa dor não é só minha. Como eu disse, é da Maria, da Joana, da Raquel, da Luciana. É de todas as mães. Hoje estou aqui representando pelo menos 40 mil mães que sentem a mesma dor, a mesma saudade.”

4o mini

Compartilhe nas redes sociais

Bruno Rigacci

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site! ACEPTAR
Aviso de cookies