Carla Zambelli pedirá suspeição de Moraes e Cármen após ironias

Política Nacional

Em uma recente reviravolta, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) anunciou que solicitará a suspeição dos ministros Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O motivo para tal pedido é o uso das expressões “desinteligência natural” e “burrice natural” pelos ministros durante a sessão de terça-feira (21), que resultou na acusação formal da parlamentar por invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

Zambelli argumenta que a postura dos ministros não corresponde ao esperado de julgadores imparciais, levando-a a acreditar que a suspeição dos ministros está caracterizada. A deputada expressou sua posição em uma nota oficial.

Na segunda-feira (20), a Primeira Turma do STF decidiu por unanimidade colocar a deputada federal e o hacker Walter Delgatti no banco dos réus. Eles serão julgados pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Durante a votação, Cármen Lúcia usou a expressão “desinteligência natural” para se referir ao caso, e Alexandre de Moraes complementou o raciocínio da colega de tribunal.

Cármen Lúcia declarou: “Começo a não me preocupar mais só com a inteligência artificial, mas com a desinteligência natural de alguns que atuam criminosamente, além de tudo sem qualquer tracinho de inteligência”. Alexandre de Moraes, por sua vez, afirmou: “Vossa Excelência, sempre muito educada, disse ‘desinteligência natural’. Eu diria burrice mesmo, natural”.

Se a alegação de Zambelli for aceita, os ministros Cármen Lúcia e Moraes serão impedidos de julgar o processo criminal contra a deputada federal.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Carla Zambelli e Walter Delgatti após a conclusão do inquérito da Polícia Federal (PF) sobre a invasão ao sistema do CNJ. Segundo os investigadores, o objetivo do ataque hacker era descredibilizar o Poder Judiciário. Um dos documentos apreendidos pela PF foi um mandado falso em que Moraes determina e assina a própria prisão.

As diligências resultaram na apreensão de documentos com a deputada federal que correspondem aos arquivos inseridos por Delgatti no sistema do CNJ. Isso comprova, segundo a PF, o envolvimento da parlamentar na conduta criminosa.

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