Entenda os próximos passos do julgamento sobre o aborto no STF

Política Nacional

O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a descriminalização do aborto será transferido do plenário virtual para o físico devido ao pedido de destaque feito pelo ministro Luís Roberto Barroso. A mudança no ambiente de decisão não afeta o voto da ministra Rosa Weber, relatora da ação, que defendeu o direito de interrupção voluntária da gestação até a 12ª semana.

Não há uma data definida para a retomada da discussão, pois isso depende da inclusão do processo na pauta pelo presidente do STF. A tendência é que o caso seja mantido na gaveta por algum tempo.

Rosa Weber, que deixa o tribunal no final deste mês após completar 75 anos, pautou o processo para garantir que pudesse deixar seu voto registrado antes de sua aposentadoria. Barroso, que sucederá Rosa Weber na presidência do STF, levantou o destaque interrompendo a votação.

O voto de Rosa Weber defendeu que a mulher deve ter a prerrogativa de decidir se deseja interromper a gravidez, desde que o procedimento seja realizado dentro do primeiro trimestre de gestação. Ela argumentou que a criminalização da interrupção voluntária da gestação não passa no teste da subregra da necessidade e destacou a importância de considerar os direitos das mulheres e sua dignidade em estatura de direitos fundamentais e humanos.

O julgamento sobre a descriminalização do aborto no STF é um tema sensível e controverso que envolve questões éticas, morais e legais. A decisão final terá impacto significativo na legislação e nos direitos das mulheres no Brasil.

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