A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) manifestaram forte indignação em relação ao incidente envolvendo uma guia turística que alega ter sido impedida de entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) devido ao fato de estar vestindo uma camisa com as cores da bandeira do Brasil.
A guia turística, que atua há 16 anos no ramo e faz parte do grupo Guias Pelo Brasil, relatou que foi barrada quando tentava acompanhar seus clientes para tirar uma foto junto à escultura “A Justiça”, de Alfredo Ceschiatti, na fachada da Corte.
Ela expressou sua surpresa e indignação, afirmando que nunca havia testemunhado uma situação desse tipo antes. Segundo ela, a camisa que estava usando não possuía conotação política e fazia parte de seu uniforme de trabalho. Seu objetivo era apenas acompanhar os turistas na área externa do STF para tirar uma foto. Enquanto os turistas foram autorizados a entrar, ela foi impedida de fazer o mesmo devido à sua vestimenta.
Michelle Bolsonaro se manifestou nas redes sociais chamando a situação de “inacreditável”, denotando sua surpresa e descontentamento com o ocorrido. Por sua vez, o deputado Marcel van Hattem ironizou a situação, sugerindo que se a guia turística estivesse usando um “boné do MST”, ela poderia até mesmo ser convidada a tomar um café.
O incidente suscitou debates em relação à liberdade de expressão e ao direito de usar símbolos nacionais em espaços públicos, bem como às possíveis razões pelas quais uma vestimenta tão comum como uma camisa com as cores da bandeira do Brasil teria sido motivo para impedir a entrada de alguém no STF.
Esse incidente serve como um exemplo do poder simbólico que as roupas e os símbolos podem ter em diferentes contextos e como a interpretação deles pode variar dependendo das circunstâncias e da perspectiva de quem os vê. A reação de figuras públicas como Michelle Bolsonaro e Marcel van Hattem reflete a sensibilidade em relação a questões relacionadas à identidade nacional e à liberdade de expressão no Brasil.
