Desde que iniciou seu terceiro mandato como presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), já liberou um montante de R$ 20,6 bilhões em emendas parlamentares, como parte de negociações para obter apoio no Congresso Nacional. Esse número inclui um recorde mensal de R$ 11,8 bilhões liberados somente em julho, representando uma significativa injeção de recursos por meio dessas emendas.
O governo de Lula começou esse mandato com um ritmo mais lento de repasse de recursos, o que gerou insatisfação entre os parlamentares. No entanto, ao enfrentar dificuldades na aprovação de medidas importantes, a postura da gestão foi alterada, resultando em uma aceleração nos repasses por meio das emendas parlamentares.
O governo adotou essa estratégia para conquistar o apoio necessário no Congresso, especialmente durante a votação de matérias relevantes. Por exemplo, em maio, ocorreu a primeira liberação de bilhões em emendas parlamentares, coincidindo com a votação do novo Marco Fiscal e o retorno do voto de desempate do governo no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Já em julho, mês do recorde de liberação de recursos, a aprovação da reforma tributária esteve em pauta.
No mês de agosto, também houve um empenho de R$ 1,1 bilhão em emendas parlamentares, sendo que R$ 451,8 milhões foram empenhados na última semana.
Paralelamente a essa estratégia de liberação de emendas, o governo busca expandir sua base de apoio no Congresso ao incluir novos partidos do Centrão em sua coalizão. Isso inclui a nomeação de deputados do PP e do Republicanos para ministérios na Esplanada dos Ministérios, como parte de um esforço contínuo para fortalecer alianças políticas e garantir uma maior estabilidade legislativa.
