Gilmar Mendes critica Lava Jato e propõe novo rumo para o judiciário em contundente discurso

Política Nacional

Neste sábado (15), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez declarações contundentes durante uma live do grupo Prerrogativas, criticando a operação Lava Jato e seus integrantes. Em um discurso assertivo, o magistrado afirmou que houve uma “degeneração” no combate à corrupção no país e apontou falhas no “modelo Moro e Dallagnol”.

Para Gilmar Mendes, é necessário discutir o modelo da Procuradoria-Geral da República e repensar a forma como as ações foram conduzidas no âmbito da operação Lava Jato. Ele destacou que o poder estava concentrado em Curitiba e que isso condicionava todos os passos do combate à corrupção. O ministro também chamou a atenção para a influência da mídia nesse contexto.

O magistrado ressaltou a necessidade de evitar que o judiciário seja arrastado por grandes escândalos e enfatizou que o modelo adotado por Moro e Dallagnol não obteve o sucesso esperado. Segundo Mendes, é fundamental resgatar a credibilidade do judiciário e buscar um novo rumo para a atuação judicial.

Em seu discurso, Gilmar Mendes alertou para a importância de o judiciário não se considerar o quarto poder, mas sim encontrar seu papel dentro do sistema político-partidário. Ele encorajou os membros do judiciário a buscarem sua verdadeira função e a não se tornarem meros auxiliares do sistema.

Além disso, o ministro fez uma alusão irônica em relação a Deltan Dallagnol, mencionando a possibilidade de ele fundar uma igreja após relatar que, durante uma viagem de avião, começaram a “chover pix” para ele, fazendo referência a uma suposta espiritualidade relacionada ao dinheiro.

As declarações de Gilmar Mendes geraram grande repercussão e reacendem o debate em torno da atuação da Lava Jato e seus desdobramentos. O discurso do ministro destaca a necessidade de uma reflexão crítica sobre os métodos adotados e busca uma nova abordagem para o combate à corrupção, preservando a credibilidade e a imparcialidade do judiciário.

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