O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou que a segurança presidencial voltará a ser controlada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Segundo ele, o presidente terá a liberdade de convidar qualquer profissional, seja da Polícia Federal, polícia militar ou das Forças Armadas, para compor sua segurança. Será estabelecido um modelo híbrido, mas com coordenação do GSI.
Essa decisão representa uma derrota para a Polícia Federal, que desejava manter o controle da segurança presidencial. Em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva emitiu um decreto criando a Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República, sob condução da PF, com validade até 30 de junho. No entanto, a posse do ministro do GSI, Marcos Amaro, após a queda de Gonçalves Dias por suposta passividade durante os atos de 8 de janeiro, gerou uma disputa interna no governo. Enquanto a PF buscava manter o controle da segurança presidencial com a secretaria extraordinária, o GSI desejava retomar essa atribuição. Rui Costa afirmou que Lula arbitrou a favor dos militares, apoiado pela primeira-dama Janja da Silva.
Com essa decisão, o GSI retoma a responsabilidade pela segurança presidencial, e o presidente terá a liberdade de convidar profissionais de diferentes órgãos para compor sua equipe de segurança.
