Candidato à presidência do Senado promete pautar o impeachment de Moraes

O senador Eduardo Girão (Novo-CE), candidato à presidência do Senado, reiterou sua intenção de pautar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), caso seja eleito para suceder Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Girão, conhecido por sua postura crítica em relação ao STF, afirmou que, desde que assumiu o Senado, sempre defendeu os pedidos de impeachment contra ministros da Corte. O parlamentar garantiu que, se eleito, dará prioridade a uma análise profunda do pedido de afastamento de Moraes, assegurando, em sua visão, um julgamento amplo e justo.

“Desde que entrei no Senado, sempre apoiei os pedidos de impeachment. Já apresentei três solicitações contra ministros do STF. Um deles será prioritário para análise, garantindo amplo julgamento para Moraes. Sob minha gestão, o Senado não se omitirá diante de suas responsabilidades”, declarou Girão, deixando claro que seu compromisso com a questão é central em sua candidatura.

Anistia aos Presos de 8 de Janeiro

Além da pauta do impeachment, Girão também defendeu a anistia dos presos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. O senador afirmou que, se for eleito, levará o projeto de anistia diretamente ao Plenário para votação, junto com a proposta de impeachment de Moraes. Ele descreveu os presos como “políticos” e afirmou que a medida seria necessária para corrigir injustiças cometidas durante o processo de prisão e julgamento.

“Com o impeachment, colocarei em votação a anistia dos presos políticos que envergonham o Brasil no século 21. Milhares de brasileiros tiveram seu direito de defesa e ao contraditório negado. Advogados não tiveram acesso aos autos, e muitos dos acusados sequer estiveram nos prédios dos Três Poderes”, completou Girão, sugerindo que o processo judicial contra os envolvidos foi viciado.

Concorrência pela Presidência do Senado

A eleição para a presidência do Senado, marcada para o próximo sábado (1º), promete ser uma disputa acirrada. Além de Girão, outros senadores estão na corrida pelo cargo, como Marcos Pontes (PL-SP), Marcos do Val (Podemos-ES) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que é o atual favorito para reassumir a presidência, após ter exercido a função entre 2019 e 2021.

Se eleito, Girão se compromete a adotar uma postura mais combativa em relação ao STF, o que pode intensificar as tensões entre o Congresso e a Suprema Corte. A eleição para o Senado será, portanto, um momento decisivo não apenas para o futuro do Senado, mas também para o cenário político mais amplo, com temas como o impeachment de Moraes e a anistia dos presos de 8 de janeiro ocupando lugar de destaque.

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Bruno Rigacci

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