Principais Denúncias
Na carta, os servidores afirmam que o “clima organizacional está deteriorado” e que as lideranças enfrentam sérias dificuldades para desempenhar suas funções. Além disso, a carta manifesta apoio aos diretores Elizabeth Hypolito e João Hallak Neto, que pediram exoneração no início de janeiro devido ao descontentamento com a gestão de Pochmann.
As críticas à gestão incluem acusações de posturas autoritárias de Pochmann e desrespeito ao corpo técnico do instituto. Uma das principais críticas é à criação da Fundação IBGE+, que muitos consideram uma entidade paralela que prejudica o protagonismo do IBGE nas pesquisas nacionais. Os servidores afirmam que a fundação foi criada “em segredo”, sem diálogo com o corpo técnico ou o Conselho Diretor, o que gerou desconfiança interna.
Outras Decisões Polêmicas
Além da Fundação IBGE+, outras decisões da gestão de Pochmann geraram descontentamento, como:
- Fim do home office: A medida que revogou o home office, adotado por parte dos funcionários desde a pandemia.
- Transferência da sede do IBGE: A mudança da sede, atualmente localizada no Centro do Rio de Janeiro, para a Zona Sul da cidade, também foi criticada por ter sido tomada sem consulta interna.
Reações e Consequências
A crise interna já resultou na saída de dois diretores, e mais dois estão prestes a deixar seus cargos, o que aumentou a pressão sobre a presidência. O descontentamento que inicialmente partiu do sindicato agora envolve grande parte do corpo técnico, criando um ambiente ainda mais tenso.
Por sua vez, Márcio Pochmann rebateu as críticas, acusando os servidores de espalharem “mentiras”. Sua postura tem exacerbado os conflitos, dificultando a busca por um consenso dentro do IBGE.
Pedido de Intervenção
Diante da crise, os servidores pediram a atenção da sociedade e das autoridades competentes para resolver os problemas enfrentados pelo IBGE, enfatizando que a autonomia do instituto, essencial para sua credibilidade, está sendo colocada em risco pelas decisões da atual gestão.