Trump inicia seu mandato anulando decisões de Biden com ações controversas

O presidente Donald Trump tomou posse nesta segunda-feira, 20 de janeiro, como o 47º presidente dos Estados Unidos, iniciando seu segundo mandato na Casa Branca. Em seu discurso de posse, Trump afirmou que o país está entrando em uma “era de ouro”, prometendo recuperar os tempos de grandeza e prosperidade. “Nos últimos anos, nossa nação sofreu muito, mas vamos trazê-la de volta e torná-la grande novamente, maior do que nunca”, declarou o republicano, destacando um compromisso com a unidade e a restauração do “excepcionalismo” americano.

Principais Medidas Executivas e Decisões

Após a cerimônia de posse, Trump assinou uma série de ordens executivas que refletem uma revisão radical de políticas de seu antecessor, Joe Biden, e um reposicionamento de algumas prioridades ideológicas e econômicas. Entre as medidas assinadas, destacam-se:

  • Revogação de Decisões de Biden: Trump rescindiu 78 ações executivas de Biden, incluindo um congelamento das regulamentações para evitar mais burocracia até que a nova administração tome controle completo do governo. Também foi imposto um congelamento nas contratações federais, exceto para militares.
  • Imigração: Trump declarou a imigração ilegal uma emergência nacional e prometeu enviar tropas à fronteira com o México. Ele também adotou medidas para aumentar as deportações e modificou os direitos de cidadania para crianças nascidas de pais estrangeiros ilegais, o que provavelmente gerará processos judiciais, dado que a Constituição dos EUA garante esse direito.
  • Energia e Meio Ambiente: O novo presidente reverteu a saída dos Estados Unidos do Acordo Climático de Paris, promovendo uma agenda focada em aumentar a produção de petróleo e gás natural no país, com foco em perfurações, incluindo no Alasca. Trump também suspendeu o arrendamento de parques eólicos e planos de incentivo a veículos elétricos.
  • Política Econômica: Trump adiou a implementação de tarifas de importação sobre diversos países, mas anunciou a revisão das relações comerciais com China, México e Canadá. As tarifas, já prometidas em sua campanha, são vistas como uma tentativa de impulsionar a indústria americana, embora possam gerar retaliações.
  • Diversidade e Direitos Transgêneros: Uma das primeiras ordens executivas foi para reverter proteções para pessoas transgênero e encerrar programas de Diversidade, Equidade e Inclusão no governo federal. Trump também anunciou que as Forças Armadas dos EUA não reconheceriam mais pessoas transgênero.
  • Perdão aos Invasores do Capitólio: No Salão Oval, Trump anunciou um perdão total a cerca de 1.500 condenados pela invasão do Capitólio em janeiro de 2021, um evento que havia marcado o fim de seu primeiro mandato.

Política Externa e Conflitos Geopolíticos

Trump também tomou ações significativas no campo da política externa. Ele anunciou a reversão de uma das últimas decisões de Biden ao colocar Cuba de volta na lista de países patrocinadores do terrorismo. Além disso, ele alterou nomes geográficos como o Golfo do México, agora denominado “Golfo da América”, e voltou a chamar o Monte Denali de Monte McKinley, visando resgatar o “legado americano”.

Desafios e Controvérsias

Logo após a posse, Trump enfrentou desafios jurídicos em relação à criação do novo Departamento de Eficiência Governamental (Doge), liderado por Elon Musk. A nova agência, voltada para a reestruturação do governo e inovação tecnológica, foi alvo de uma ação judicial movida por grupos que questionam sua legalidade.

As medidas adotadas por Trump desde o início de seu segundo mandato indicam que ele pretende seguir com políticas nacionalistas, focadas no crescimento econômico, segurança interna e a redução da influência de práticas progressistas, principalmente em questões sociais e ambientais. A agenda mais agressiva também está sendo recebida com oposição de grupos liberais e entidades civis, que já preveem ações judiciais contra várias de suas decisões.

À medida que seu segundo mandato avança, Trump continua a adotar um estilo de liderança que reflete seus compromissos com a agenda conservadora e o fortalecimento da posição dos Estados Unidos no cenário mundial. No entanto, seu governo certamente enfrentará desafios no Congresso e na Justiça, o que pode moldar o curso de sua presidência nos próximos anos.

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Bruno Rigacci

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