Trump retira os EUA da Organização Mundial de Saúde
Na segunda-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto formalizando a retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS). A decisão foi motivada por uma crítica à disparidade no investimento financeiro feito pelos Estados Unidos em comparação com outros membros da organização, especialmente a China.
Justificativa de Trump
Em seu anúncio, Trump destacou que os Estados Unidos estavam contribuindo de maneira desproporcional para o financiamento da OMS. Ele comparou os valores pagos pelos EUA e pela China, dizendo: “Pagamos US$ 500 milhões para a saúde mundial. E eu acabei com esse acordo. A China, com 1,4 bilhão de pessoas, estava pagando US$ 39 milhões, enquanto nós, com cerca de 325 milhões, pagávamos US$ 500 milhões. Eu acho que era injusto.”
Trump também afirmou que a OMS tentou oferecer aos Estados Unidos a oportunidade de voltar à organização com uma contribuição de US$ 39 milhões, mas destacou que, teoricamente, a quantia deveria ser ainda menor, sugerindo que a equação financeira não era justa para o país.
Retirada como Parte de uma Visão Nacionalista
A decisão de Trump reflete sua visão de priorizar os interesses dos Estados Unidos em detrimento de compromissos multilaterais, uma postura que tem sido uma marca de sua administração. A saída da OMS segue o exemplo de outras retiradas realizadas durante seu primeiro mandato, como a saída do Acordo Climático de Paris e da UNESCO, ambas justificadas com base em argumentos de injustiça financeira e a necessidade de renegociar os termos de participação.
Implicações para a Política Internacional e Saúde Global
A retirada dos EUA da OMS levanta questões sobre o impacto global, especialmente em tempos de pandemia. A decisão pode enfraquecer a capacidade da organização de coordenar uma resposta global à crise da saúde, além de afetar a colaboração internacional em pesquisas e tratamentos. Ao mesmo tempo, a postura de Trump reforça a agenda de “America First” (América em Primeiro Lugar), que busca proteger os interesses nacionais, mesmo que isso signifique se afastar de compromissos globais.
Com a retirada, os EUA se distanciam ainda mais das iniciativas multilaterais, o que poderá afetar suas relações com outros países que defendem uma maior cooperação internacional em questões de saúde pública.