Denúncias de assédio e racismo atingem Ministra das Mulheres de Lula

A ministra das Mulheres do Brasil, Cida Gonçalves, está no centro de uma controvérsia após denúncias graves de assédio moral e racismo no seu ministério. Relatos de dezessete funcionárias e ex-funcionárias apontam para um ambiente de trabalho hostil, com acusações de perseguições e discriminação, principalmente contra mulheres negras.

Acusações e Relatos

As denúncias contra a ministra incluem comportamentos abusivos, como demissões arbitrárias e atitudes desrespeitosas. Uma das situações mais alarmantes envolveu a exoneração de Carmen Foro, secretária afastada por questões de saúde mental. Durante uma reunião, Cida Gonçalves teria ameaçado as servidoras próximas a Foro, criando um clima de medo e insegurança. As acusações revelam um ambiente de trabalho tóxico, onde as funcionárias enfrentam humilhações constantes.

Além disso, a secretária-executiva do ministério, Maria Helena Guarezi, foi acusada de fazer comentários racistas ao pedir que Carmen se sentasse durante uma reunião, alegando que seu cabelo crespo “atrapalhava a visão” dos outros presentes. Apesar da gravidade dos incidentes, não houve qualquer ação disciplinar por parte da ministra, mesmo após ser informada sobre o ocorrido.

Ambiente Tóxico

Relatos de funcionárias do ministério revelam que o ambiente de trabalho era constantemente marcado por assédio moral. Muitas servidoras sofreram com sérios problemas de saúde mental, incluindo burnout, crises de ansiedade e pânico, decorrentes da pressão e do comportamento opressor dentro da pasta. Esse ambiente foi descrito como tão negativo que o ministério passou a ser conhecido, de forma não oficial, como o “Ministério do Assédio”.

Reação da Ministra e Investigação

Em resposta às acusações, Cida Gonçalves afirmou que permanecerá no cargo e que a decisão sobre sua permanência depende do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Ministério das Mulheres se comprometeu a investigar todas as denúncias formalizadas, e a Controladoria-Geral da União (CGU) já iniciou uma investigação sobre as alegações de assédio e racismo.

Contexto Mais Amplo

Essas denúncias surgem em um momento delicado, em que o Brasil debate amplamente questões de assédio moral e discriminação no ambiente de trabalho. O governo federal tem enfrentado críticas sobre a cultura organizacional de diversas pastas e a necessidade urgente de promover ambientes de trabalho mais inclusivos e respeitosos.

O desfecho desse caso será acompanhado de perto pela sociedade civil, que aguarda as investigações e possíveis ações corretivas que possam ser implementadas para garantir a criação de um ambiente de trabalho mais seguro e inclusivo para as servidoras do Ministério das Mulheres. As próximas semanas serão decisivas para determinar as consequências dessas acusações e o futuro da ministra Cida Gonçalves no governo.

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Bruno Rigacci

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