Condenado a 430 anos, Sérgio Cabral grava vídeo na piscina

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, condenado a 430 anos de prisão por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro, tem causado indignação nas redes sociais após compartilhar, nesta sexta-feira (17), um vídeo exibindo sua piscina luxuosa em sua cobertura na Zona Sul do Rio. Com um estilo de vida aparentemente imune às consequências de suas condenações, Cabral tem se tornado uma espécie de “blogueiro” desde março de 2023, fazendo recomendações culturais e compartilhando sua rotina pessoal, incluindo leituras, músicas, filmes e exercícios físicos.

Reações à Exibição de Luxo

O vídeo gerou uma onda de críticas e revoltas. A ONG Transparência Internacional reagiu com veemência, acusando Cabral de “ostentar o que o Estado não foi capaz de recuperar do que roubou”. Essa declaração reflete a indignação em relação à aparente falta de punição efetiva para o ex-governador, que, apesar de suas condenações, continua a viver com grande conforto.

Deltan Dallagnol, ex-procurador da Operação Lava Jato, também se manifestou nas redes sociais, criticando o fato de Cabral estar “livre, leve e solto, agora como blogueiro”. A revelação pública de sua vida de luxo gerou um forte sentimento de injustiça entre os cidadãos e figuras públicas que acompanham o caso.

Um Novo Capítulo na Vida de Cabral

Desde sua prisão e condenação, a transformação de Cabral em um influenciador digital tem sido vista por muitos como uma provocação, especialmente no contexto de sua condenação por corrupção durante seu mandato como governador. Ao mesmo tempo, sua presença nas redes sociais tem levantado questões sobre a efetividade do sistema de justiça e a recuperação de ativos desviados.

Apesar da polêmica, Cabral segue compartilhando sua rotina e parece estar bem ajustado à vida fora das prisões, aproveitando a visibilidade proporcionada pelas redes sociais. Isso contrasta com a situação de muitas vítimas de corrupção, que veem essa exposição como um insulto à luta contra a impunidade.

A situação continua a gerar discussões sobre a eficácia das penas e da recuperação de bens no Brasil, além de destacar as disparidades entre a vida de figuras como Cabral e as realidades de boa parte da população.

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Bruno Rigacci

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