Bolsonaro, que permaneceu nos Estados Unidos por vários meses após deixar o cargo, também reforçou que não teria retornado ao Brasil se houvesse algo que pudesse incriminá-lo, insinuando que sua permanência fora do país foi uma escolha para evitar complicações legais.
Durante a entrevista, o ex-presidente fez duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e às investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF), que, segundo ele, têm sido usadas de forma abusiva contra ele. “Já tive três buscas e apreensões absurdas. Corro risco, sem dever nada. [O STF] Vai fazer a arbitrariedade, vamos ver as consequências”, declarou Bolsonaro, dando a entender que está sendo alvo de perseguição política.
Está cada vez mais evidente que há uma articulação para envolver Bolsonaro em uma narrativa que justifique sua prisão. O ex-presidente acredita que o “sistema” está empenhado em encontrar qualquer justificativa para removê-lo do cenário político, tentando utilizá-lo como um alvo para reforçar a imagem de que ele deve ser punido a qualquer custo. Em meio a esse cenário, ele afirma estar disposto a enfrentar o que considera ser arbitrariedades, destacando que não tem motivos legais para ser perseguido ou preso.
A situação revela a intensificação das tensões políticas no Brasil, onde a polarização continua a afetar as ações do sistema judiciário e da política.