A maior violação parlamentar que o país já viu
O senador Eduardo Girão criticou duramente o inquérito aberto pelo ministro do STF, Flávio Dino, contra o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), classificando a medida como uma violação da imunidade parlamentar. Para Girão, essa investigação representa uma tentativa de intimidação contra van Hattem, um dos principais críticos ao “sistema carcomido” do Brasil, como o senador se referiu.
Em sua fala, Girão alertou para o risco de o Brasil deixar de ser um Estado de direito e se tornar um “estado policialesco”, semelhante às piores ditaduras do mundo. “O Brasil está deixando de ser um Estado de direito para, cada vez mais, se tornar um estado policialesco, típico das piores ditaduras do mundo. E o Senado, que poderia fazer alguma coisa, se acovarda, assiste de camarote, como se nada estivesse acontecendo”, afirmou, destacando a passividade do Senado diante da situação.
O inquérito contra o deputado Marcel van Hattem foi motivado por acusações feitas pelo parlamentar durante um pronunciamento na Câmara dos Deputados, em que ele criticou o delegado da Polícia Federal, Fábio Alvarez Schor, acusando-o de produzir “relatórios fraudulentos” relacionados a Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi preso de fevereiro a agosto deste ano.
Girão considera o indiciamento de van Hattem uma medida absurda e injustificada, reforçando sua crítica à perseguição de figuras que se opõem ao governo e ao “sistema”. Ele acredita que a ação do STF é mais um exemplo de como o poder judiciário está sendo usado para silenciar vozes críticas e minar a liberdade de expressão e atuação dos parlamentares. Para Girão, a imunidade parlamentar é um direito fundamental que precisa ser respeitado para garantir o pleno funcionamento da democracia no país.
