Gleisi parte para o insulto e diz mais um absurdo: “Golpe não aconteceu por Bolsonaro ser covarde”
Nesta quarta-feira (27), Gleisi se manifestou sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil, afirmando que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi “covarde” e que, por essa razão, o golpe não se concretizou. Segundo Gleisi, Bolsonaro teria deixado o país após as eleições de 2022 para “fugir”, o que, na visão dela, teria impedido o golpe de ocorrer. “Não se concretizou o golpe porque Bolsonaro é um covarde, um medroso, não teve coragem de ir até o final. Na minha visão, ele resolveu ir embora para ver de fora a tentativa de golpe e o 8 de janeiro”, disse a presidente do PT.
Essa declaração é, no mínimo, absurda. Bolsonaro deixou o país no último dia de seu mandato, após ter perdido as eleições, como é o procedimento habitual para um presidente que sai do cargo. É difícil acreditar que alguém que realmente quisesse dar um golpe fosse sair do país justamente quando já estava prestes a entregar o poder ao seu sucessor. O raciocínio de Gleisi parece não ter o menor sentido.
Além disso, Gleisi afirmou que a forma de “pacificar o país” seria “punir com rigor” todos os envolvidos na tentativa de golpe, incluindo os manifestantes que invadiram os prédios públicos em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. No entanto, essa visão é um tanto equivocada. A verdadeira forma de pacificar o país não está em punir adversários políticos ou manifestantes extremistas, mas sim em responsabilizar os envolvidos em escândalos de corrupção como o mensalão e o petrolão, que de fato abalaram as instituições e a confiança da população.
Curiosamente, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava preso, após ser condenado por corrupção, o país experimentou uma relativa tranquilidade política. A soltura de uma série de envolvidos em esquemas de corrupção é, em boa parte, a raiz do clima de instabilidade atual.
Em resumo, Gleisi Hoffmann mais uma vez se destacou pelo excesso de declarações infundadas, enquanto desconsidera os reais problemas que o Brasil enfrenta, como a corrupção, que de fato gerou tanto sofrimento e divisão no país.
— Gonçalo Mendes Neto, jornalista