De acordo com o senador, que é general da reserva, o governo está impondo um “novo peso” aos militares no esforço fiscal, com a inclusão de membros da ativa, veteranos e pensionistas nas medidas de ajuste financeiro. Mourão considera essa inclusão injusta, uma vez que, segundo ele, “os militares não são responsáveis pelo déficit fiscal do país”.
O senador fez questão de destacar que os militares devem receber seu soldo integral até o fim da vida, pois permanecem à disposição do Brasil até atingirem a idade para a reforma. Além disso, afirmou que os pensionistas não têm relação com o Orçamento do governo, já que o fundo de pensão dos militares é gerido por uma entidade própria, não estando sob a responsabilidade direta do governo. “Se o governo administra mal o fundo, o problema não é nosso. Temos regras especiais para a inatividade e sempre defenderemos a integralidade e a paridade”, defendeu.
Mourão ainda sugeriu que os cortes deveriam ser feitos em outros setores da administração pública. Ele criticou o uso excessivo de recursos com ONGs, a Lei Rouanet, viagens, propaganda e despesas do Judiciário, além do desperdício de R$ 1,5 bilhão em vacinas descartadas. Para ele, essa “gastança” é um verdadeiro desvio de recursos públicos, lembrando que o governo não gera dinheiro, mas sim arrecada por meio de impostos pagos pela população. Essa situação, segundo o senador, tem contribuído para o aumento do déficit fiscal, juros e inflação no país.