Bonner vira alvo de acusação grave que teria ocorrido há mais de 20 anos

O técnico Vanderlei Luxemburgo, em recente participação em dois podcasts, fez declarações contundentes sobre a sua saída da seleção brasileira e o impacto que a mídia teve nesse processo. Segundo Luxa, a Rede Globo, especificamente através de reportagens do Jornal Nacional e da atuação de William Bonner, foi responsável por minar sua reputação e impedir que ele comandasse a seleção na Copa do Mundo de 2002.

Luxemburgo afirmou que a emissora e o jornalista estavam interessados em que Romário fosse convocado para as Olimpíadas de 2000, e que a pressão em cima dele para incluir o veterano nas Olimpíadas contribuiu para sua demissão. “Foi uma covardia o que a Rede Globo fez comigo. Me colocaram no Jornal Nacional como se eu fosse o maior vilão do Brasil. Aquilo me tirou uma Copa do Mundo”, disse o técnico.

O episódio em questão ocorreu após a seleção brasileira ser eliminada nas quartas de final das Olimpíadas de Sydney, em 2000, com uma derrota para Camarões. Esse fracasso levou à demissão de Luxemburgo e abriu espaço para a chegada de outros técnicos, como Emerson Leão e Luiz Felipe Scolari, o último dos quais conquistaria o pentacampeonato em 2002.

Luxemburgo também relembrou as pressões de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, que não queria convocar jogadores acima dos 23 anos para as Olimpíadas, mas que a Globo insistia na inclusão de Romário. “Eu não tinha nada a ver com isso. Fui tirado porque simplesmente eu tinha que levar o Romário”, afirmou.

Outro ponto de atrito foi sua exposição pública durante uma CPI que investigava os contratos da Nike com a CBF e alegações de envolvimento de Luxemburgo em esquemas financeiros, incluindo sonegação fiscal e tráfico de drogas. Ele criticou o que chamou de “jornalismo covarde”, desafiando a apresentação de provas concretas sobre as acusações feitas contra ele. “Botaram uma mulher no Jornal Nacional me acusando de coisas absurdas, sem uma prova sequer”, comentou.

Apesar das polêmicas, Luxemburgo afirmou que a sua carreira seguiu em frente, com ele conquistando títulos e superando os obstáculos impostos pela mídia. Ele também revelou sua mágoa pelo sonho frustrado de treinar a seleção brasileira na Copa de 2002, dizendo: “Um treinador do meu nível tem que ganhar uma Copa do Mundo. Aquela Copa era minha. O Felipão ganhou, mérito dele, mas eu estava preparado para aquilo.”

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Bruno Rigacci

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