A prisão está relacionada às investigações sobre o atentado a bomba ocorrido na frente do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de quarta-feira (13), protagonizado por Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiu França”, que se explodiu no local. Embora ainda não haja evidências diretas ligando o hacker ao ataque, a polícia investiga possíveis conexões.
Durante a operação, a polícia apreendeu vários dispositivos eletrônicos, como computadores, celulares e pen-drives, que estão sendo analisados para encontrar evidências do envolvimento do suspeito em crimes cibernéticos e ameaças terroristas. A delegada Vanessa Pitrez, do Deic, afirmou que o hacker integrava grupos extremistas e usava identidades falsas para enviar ameaças a figuras públicas, como o senador Magno Malta, os deputados Guilherme Boulos e Talíria Petrone, além de outras autoridades.
A prisão faz parte da Operação “Deus Vult”, que conta com o apoio da Polícia Civil de São Paulo. A investigação foi iniciada após a deputada estadual Bruna Rodrigues denunciar ter recebido ameaças por e-mail, com ofensas racistas e ameaças de violência. Durante a apuração, os investigadores descobriram que o hacker usava dados de outras pessoas para criar contas anônimas, inclusive de uma vítima que sofria de depressão e tentou suicídio.
Desde 2022, o hacker utilizava um codinome para ameaçar instituições como o STF, o Senado e o Aeroporto de Guarulhos. As investigações continuam para esclarecer a extensão de suas ações e possíveis ligações com outros atos de terrorismo ou ameaças recentes.