Paschoal: “Não houve tentativa de homicídio contra Lula”
A professora de Direito Janaina Paschoal (PP), ex-deputada estadual e atualmente vereadora eleita por São Paulo, comentou sobre a prisão dos chamados “kids pretos”, militares das Forças Especiais do Exército acusados de planejar matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Para Paschoal, como o crime não chegou a ser concretizado, não se pode caracterizar como uma tentativa de homicídio. Ela ainda criticou a abordagem da imprensa sobre o caso, considerando um erro tratá-lo como uma tentativa de assassinato do presidente.
“Essas notícias estão absurdas! Jornalistas dizendo que tentaram matar o Lula, mas desistiram. Pelo amor de Deus! Será que esses veículos não têm assessoria jurídica para evitar essa vergonha? Os líderes mundiais não devem entender nada. Não houve tentativa!”, escreveu a professora em suas redes sociais.
Ela acrescentou que, para caracterizar uma tentativa de homicídio, é necessário que haja o início da execução do ato. Mesmo que a execução tenha começado, a desistência voluntária descaracteriza a tentativa, afirmou. “O plano precisa ser investigado, mas não podemos dizer que houve uma tentativa de homicídio contra o Presidente. Até ele está surpreso! Não estou desconsiderando as investigações, mas a imprensa precisa lidar com os fatos”, completou.
ENTENDA O CASO
De acordo com a Polícia Federal, foi identificado um detalhado planejamento operacional, chamado “Punhal Verde e Amarelo”, que estava previsto para ser executado em 15 de dezembro de 2022, com o objetivo de matar os então candidatos eleitos à Presidência e Vice-Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB). O ministro Alexandre de Moraes também seria um dos alvos.
A PF informou que as investigações indicam que a organização criminosa utilizou conhecimentos técnicos militares elevados para planejar e coordenar as ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. A maioria dos envolvidos são militares com formação em Forças Especiais.
Além das prisões de quatro militares do Exército e um agente da Polícia Federal, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, além de 15 medidas cautelares diversas da prisão. As ações ocorreram nos estados do Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal, com o acompanhamento do Exército Brasileiro.