A defesa de Silvinei Vasques indicou Bolsonaro como testemunha, e também solicitou o depoimento do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que deverá ser ouvido por escrito. O Supremo Tribunal Federal (STF) impôs uma ordem de não contato entre Bolsonaro e Torres no contexto do processo. Além deles, a defesa de Vasques havia sugerido o depoimento do atual diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira, mas essa oitiva foi negada pela comissão responsável pela investigação.
O Caso Silvinei Vasques
A investigação contra Silvinei Vasques teve início na Corregedoria da PRF e foi posteriormente avocada pela CGU. Ele é investigado por suas ações durante as eleições de 2022, quando foi acusado de fazer campanha aberta em favor de Bolsonaro. Vasques é alvo de suspeitas por ter pedido publicamente votos para o ex-presidente e, além disso, por ter presenteado o então ministro da Justiça, Anderson Torres, com uma camisa do Flamengo estampada com o número 22, o número de Bolsonaro nas urnas.
Durante a campanha, Silvinei Vasques, como chefe da PRF, participou de eventos públicos, concedeu entrevistas e fez publicações nas redes sociais que eram favoráveis a Jair Bolsonaro, o que gerou questionamentos sobre sua imparcialidade à frente da Polícia Rodoviária Federal.
O processo contra Vasques pode resultar em diversas penalidades, desde uma simples advertência até a cassação de sua aposentadoria como policial.
A oitiva de Bolsonaro e os depoimentos das testemunhas são parte do processo que busca esclarecer o envolvimento de autoridades da PRF e figuras do governo de Bolsonaro em possíveis ações ilegais ou tendenciosas durante o período eleitoral.