O repasse financeiro será direcionado para apoiar a produção agrícola familiar, principalmente em assentamentos do MST no Paraná. Até 2024, R$ 30 milhões já terão sido alocados para essa nova prioridade, com repasses mensais à cooperativa superando R$ 1 milhão a partir de 2024 e atingindo seu auge em 2025, com R$ 19,3 milhões.
Essa nova linha de atuação da Itaipu, que historicamente concentrou recursos em grandes obras de infraestrutura, como a construção da segunda ponte entre Brasil e Paraguai, representa uma reorientação dos investimentos para projetos sociais e ambientais. Analistas do setor apontam que essa mudança faz parte de uma estratégia da nova administração, que está dando ênfase ao apoio à reforma agrária, em vez de grandes obras de infraestrutura, característica da gestão anterior de Jair Bolsonaro.
Essa reorientação levanta questionamentos sobre os critérios de seleção da cooperativa e a transparência na prestação de contas. Em resposta, Itaipu afirmou que o convênio, em parceria com o Parque Tecnológico de Itaipu, visa oferecer assistência técnica e fomentar a produção agrícola familiar em áreas de assentamento.
A medida, vista como um redirecionamento significativo da missão da estatal, está dividindo opiniões. Para críticos, trata-se de uma politização dos recursos da empresa, enquanto os defensores argumentam que a mudança reflete uma política mais inclusiva e voltada para as necessidades sociais e ambientais do país.