Haddad, surpreendido pela reação negativa, tentou defender sua atuação e trajetória, mencionando sua participação na criação da tabela Fipe e destacando seu trabalho acadêmico. Ele buscou mostrar que, como professor universitário, contribuiu significativamente para o setor de seguros, possivelmente mais do que outros políticos admirados pelos presentes. No entanto, sua fala não foi suficiente para abafar as vaias, o que tornou a situação ainda mais desconfortável.
O presidente da Fenacor, Armando Vergílio, precisou intervir, pedindo respeito ao ministro e ressaltando que Haddad tem se mostrado interessado em buscar soluções para o setor. Essa intervenção foi importante para tentar amenizar o clima tenso no evento, que contava com figuras de peso da política e do setor de seguros.
A presença de governadores, senadores, deputados e líderes de entidades reguladoras do setor, como a ANS e a Susep, mostrou a relevância do evento para a indústria de seguros. No entanto, o incidente envolvendo Haddad acabou desviando a atenção para as críticas à condução econômica do governo.
O episódio reflete não apenas a insatisfação de uma parcela do setor com as políticas econômicas, mas também a dificuldade do ministro em estabelecer uma relação de confiança com determinados segmentos do mercado. A reação da plateia pode ser vista como um sinal de descontentamento com o cenário econômico atual, impactando diretamente áreas como seguros e investimentos.
O Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, que se estende até sábado (12), segue reunindo representantes de todo o país para discutir os desafios e o futuro da área, mas o vexame enfrentado por Haddad certamente marcará as discussões e repercutirá dentro e fora do evento.