Macaé Evaristo, que teve seu nome anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (9), assumiu o cargo após a demissão do advogado Silvio Almeida, que enfrentou acusações de assédio sexual. Em sua rede social, Macaé também comentou sobre a nomeação, afirmando que é uma honra liderar o Ministério dos Direitos Humanos. Ela destacou os desafios que o país enfrenta e reafirmou seu compromisso com a luta por direitos.
Entretanto, a nova ministra também carrega controvérsias. Ela é ré em um processo que envolve a suposta compra superfaturada de kits de uniformes escolares durante seu período como secretária de Educação em Belo Horizonte e, posteriormente, em Minas Gerais. Em resposta às acusações, Macaé afirmou ao jornal Estadão que contestou as alegações na Justiça e garantiu sua tranquilidade, reiterando seu compromisso com a transparência e a gestão responsável dos recursos públicos. Ela também ressaltou que o processo licitatório em questão foi conduzido por uma comissão independente e recebeu a validação da Procuradoria do município.
O caso de superfaturamento remonta à gestão do ex-prefeito Márcio Lacerda, do PSB. Em 2011, a Secretaria de Educação de Belo Horizonte realizou uma licitação para a compra de cerca de 190 mil kits de uniformes escolares. No entanto, o Ministério Público de Minas Gerais apontou problemas na licitação, incluindo a proibição da participação da empresa vencedora em licitações e o superfaturamento dos itens.