Déficit atual sob Lula já é quase o mesmo do período da Covid-19
O déficit nominal do governo brasileiro, sob a liderança do presidente Lula (PT), em março deste ano, já se aproxima dos níveis registrados durante o auge da pandemia de Covid-19 no início de 2021. Esta informação foi revelada em uma reportagem publicada pelo site Poder360 no último domingo (19), que também alerta para a possibilidade de um agravamento da situação.
Segundo dados do Banco Central, o déficit nominal do Brasil acumulado nos últimos 12 meses até março deste ano foi de R$ 998,6 bilhões. Este valor está perigosamente próximo do pior resultado já registrado, que foi de R$ 1,016 trilhão em janeiro de 2021. Naquela época, o país estava enfrentando o pior momento da pandemia de Covid-19, o que exigiu a implementação de várias medidas devido à paralisação da economia.
No entanto, a situação atual do déficit pode se deteriorar ainda mais devido às recentes enchentes no Rio Grande do Sul. Nesta semana, o Congresso aprovou uma medida proposta pelo governo para excluir os gastos com o Rio Grande do Sul do cálculo das principais regras fiscais, incluindo o marco fiscal sancionado em agosto de 2023.
Entre esses gastos está a suspensão da dívida do estado do Rio Grande do Sul e de seus municípios por três anos, o que resultará em um impacto de R$ 23 bilhões no período. Além disso, o governo liberou R$ 12 bilhões em créditos extraordinários através da Medida Provisória (MP) 1.218 de 2024. Portanto, no total, R$ 35 bilhões já foram anunciados fora das regras fiscais.
Há também a expectativa de que o governo implemente programas para beneficiar diretamente a população do estado. No entanto, como não há estimativas sobre o custo desses programas, o custo total final para mitigar os efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul ainda é desconhecido. Isso adiciona uma camada adicional de incerteza à situação fiscal já precária do Brasil.