Para Estadão, intervenção de Lula no RS é indecente e politicagem
Na última quarta-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a criação do Ministério Extraordinário para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, uma medida que rapidamente se tornou controversa. O jornal Estadão apontou que a nova pasta poderia ser uma intrusão na governança estadual e sugeriu que a nomeação de Paulo Pimenta, ex-ministro da Secom, como chefe do ministério, tinha como objetivo promover a imagem do governo federal e capitalizar sobre a tragédia recente do estado.
A função do ministério foi questionada pelo jornal, que acusou o presidente de usar o anúncio como palanque político, chegando a mencionar futuras candidaturas eleitorais. Além disso, o Estadão criticou a escolha de Pimenta, insinuando que sua nomeação seria uma jogada política visando as eleições estaduais de 2026, onde ele é visto como possível candidato.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, não foi previamente informado sobre a criação do ministério, segundo o Estadão, o que levantou questões sobre a comunicação e respeito entre os níveis de governo.
O editorial do jornal concluiu que, embora a ajuda do governo federal seja essencial na reconstrução do estado, ela deve ser oferecida de maneira respeitosa e apropriada, sem ser confundida com manobras políticas. O Estadão enfatizou que a assistência não deve ser uma forma de interferência e que a criação do ministério parece servir mais aos interesses políticos do presidente e de Pimenta do que às necessidades reais dos cidadãos do Rio Grande do Sul.