Em editorial, Estadão diz que Lula “debocha da inteligência alheia”

Política Nacional

O jornal O Estado de S. Paulo publicou um editorial nesta quinta-feira (29) criticando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por negar ter usado a palavra “Holocausto” ao comparar a ofensiva de Israel contra o Hamas ao massacre nazista contra os judeus.

O editorial afirma que Lula “debocha da inteligência alheia” ao negar o uso da palavra e que sua “desonestidade intelectual é gritante”. O Estadão argumenta que o presidente, um homem culto, não pode alegar desconhecimento do significado de “Holocausto”.

O editorial também critica a postura de Lula em relação ao Hamas, classificando-a como “moralmente indefensável”. O jornal argumenta que o presidente ignora deliberadamente a natureza terrorista do grupo, focando apenas em Israel. Essa postura é vista como um apoio velado ao terrorismo e uma omissão da violência praticada pelo Hamas.

Diante da gravidade da situação, o Estadão faz um apelo por uma retratação pública de Lula. O jornal argumenta que a retratação é necessária para mostrar respeito às vítimas do Holocausto e seus familiares, e para reparar o dano à imagem do Brasil.

O Estadão reconhece que as chances de Lula se retratar são pequenas. O histórico do presidente demonstra que ele tem dificuldade em admitir erros e se desculpar publicamente. A falta de autocrítica e a postura inflexível podem dificultar um pedido de desculpas formal.

Exemplos para ilustrar a complexidade:

  • O editorial menciona o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, que também fez comparações controversas entre a guerra em Gaza e o Holocausto. No entanto, Bolsonaro se retratou por suas declarações, reconhecendo o erro.

  • O Estadão também cita o caso do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, que fez um discurso no Parlamento Europeu em que comparou a invasão russa à Ucrânia ao Holocausto. Zelenskyy foi criticado por sua fala, mas não se retratou.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *