A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann (PR), chamou de “um dos maiores escândalos da história da República” o inquérito da Polícia Federal (PF) que apura uma suposta espionagem de autoridades brasileiras.
Os episódios teriam ocorrido entre julho de 2019 e março de 2022, época em que o atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) dirigia o órgão de inteligência.
Nesta quinta, Ramagem foi alvo de busca e apreensão em seu gabinete e em seu apartamento funcional da Câmara dos Deputados. Alguns dos nomes que supostamente teriam sido monitorados ilegalmente são o do decano do STF, Gilmar Mendes; do ministro Alexandre de Moraes, também do STF; do ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação, Camilo Santana; e do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Em suas redes sociais, Gleisi pediu punição exemplar para os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“O inquérito da Policia Federal e do STF sobre a espionagem ilegal da Abin é um dos maiores escândalos da história da República. Comprova que Jair Bolsonaro e seus cúmplices nunca tiveram limites para grampear, perseguir e usar instituições de estado contra seus adversários. O que foi revelado, atingindo parlamentares, governador de estado, tribunais superiores, é apenas a ponta de um novelo que envolveu dezenas de milhares de pessoas espionadas pelo pior presidente de todos os tempos. O Brasil não pode mais conviver com as ameaças dessa quadrilha. Julgamento e punição exemplar urgente”, escreveu.
Gleisi também afirmou que o inquérito revela que Bolsonaro “nunca teve compromisso com a democracia”.
“Bolsonaro sempre foi um golpista. Ele usou a Abin para perseguir seus adversários e tentar instaurar um regime autoritário. O Brasil não pode aceitar isso. Precisamos de um julgamento e punição exemplar para Bolsonaro e seus cúmplices”, disse.
