O presidente do Equador, Daniel Noboa, visitou nesta sexta-feira (12) as instalações do canal TC Televisión em Guayaquil. A emissora foi atacada por um grupo armado na última terça-feira (9), durante uma transmissão ao vivo, e seus funcionários foram feitos reféns.
O ataque, que durou cerca de um dia, fez parte de uma onda de violência atribuída a grupos do crime organizado no Equador. Atos como atentados a bomba, sequestros, assassinatos de policiais e rebeliões em prisões deixaram quase 180 funcionários como reféns.
Em resposta à escalada da violência, Noboa declarou conflito armado interno em todo o país. Com a medida, as máfias do crime organizado são classificadas como grupos terroristas e se tornam “objetivos militares a serem neutralizados”.
Na visita à TC Televisión, Noboa cumprimentou a equipe da emissora e os jornalistas que estavam presentes durante o ataque. Ele também observou os danos causados pelos disparos de arma de fogo nas instalações da estação.
O ataque à TC Televisión foi o episódio mais midiático e traumático da recente onda de violência no Equador. O governo de Noboa se prepara para implementar um plano para recuperar o controle das prisões do país, muitas das quais são dominadas por grupos criminosos.
A violência no Equador é um problema grave. Em 2023, o país registrou 45 homicídios intencionais por 100 mil habitantes, tornando-se um dos mais violentos do mundo. Com a declaração de conflito armado interno, o governo espera conter a escalada da violência e retomar o controle do país.
