Vídeo da esquerda invadindo a Câmara em 2006 volta a viralizar
Há quase 18 anos, em 6 de junho de 2006, um ataque violento do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) deixou a Câmara dos Deputados em estado de caos. Liderados por Bruno Maranhão, na época líder do MLST e um dos fundadores do PT, centenas de manifestantes invadiram o prédio, depredando o local e ferindo diversas pessoas, a maioria funcionários da Casa.
Nos últimos dias, registros dessa invasão voltaram a circular nas redes sociais, desmentindo a afirmação do presidente Lula (PT) de que “nunca” um movimento de esquerda invadiu o Congresso. Um vídeo publicado pelo deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) relembra a fala de Lula e contrasta com imagens da invasão do MLST, mostrando a violência e o vandalismo praticados pelos manifestantes.
A cobertura da imprensa na época também deixa claro que se tratou de um atentado contra a democracia. William Bonner, na época âncora do Jornal Nacional, classificou o episódio como “um atentado contra a democracia”, enquanto William Waack, no Jornal da Globo, chamou os invasores de “grupo sem lei”.
A invasão do MLST resultou em 539 detenções, mas a maioria dos manifestantes foi solta logo em seguida. Os últimos 32 integrantes do movimento foram soltos em 18 de julho de 2006, pouco mais de um mês após o ocorrido, a despeito da oposição do Ministério Público Federal.
O contraste entre a condução do caso da invasão do MLST e a dos atos de 8 de janeiro de 2023 é gritante. Enquanto os envolvidos no ataque à Câmara em 2006 foram soltos rapidamente, os manifestantes que protestaram contra o governo Lula em 2023 estão sendo duramente punidos, com muitos deles ainda presos preventivamente.
É importante lembrar e documentar esses eventos para que a história não seja distorcida. A invasão do MLST foi um ataque à democracia brasileira e não deve ser esquecida.