A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) atacou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta terça-feira (12) por meio de suas redes sociais, tentando ligá-lo à investigação contra o influenciador fitness Renato Cariani, que o apoiou nas eleições de 2022.
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça, uma operação contra o tráfico de drogas e o desvio de produtos químicos usados na produção de crack. O principal alvo da ação foi a empresa Anidrol, que tem como sócio Cariani.
Além da empresa, o próprio Cariani foi alvo de busca na operação policial. No total, os agentes cumpriram 18 mandados de busca e apreensão, sendo 16 em São Paulo, um em Minas Gerais e um no Paraná. A PF pediu prisão dos envolvidos, o Ministério Público foi favorável, mas a Justiça negou.
O grupo alvo da ação é suspeito de desviar toneladas de um produto químico para produzir entre 12 e 16 toneladas de crack. A investigação sobre o caso começou em 2022, depois que uma empresa farmacêutica multinacional avisou à PF de que havia sido notificada pela Receita Federal sobre notas fiscais faturadas em nome dela, com pagamento em dinheiro, não declaradas.
Ao denunciar o ocorrido, a empresa farmacêutica disse que nunca fez a aquisição do produto, que não tinha esses fornecedores e que desconhecia os depositantes. Com as informações, a PF identificou que, entre 2014 e 2021, o grupo alvo da operação desta terça teria emitido e faturado notas em nome de três farmacêuticas de grande porte: AstraZeneca, LBS e Cloroquímica.
Em sua postagem no Twitter, Gleisi afirmou que Cariani é “amigo do Bolsonaro” e que “a fábrica que ele é sócio fornecia produtos químicos para produção de crack e cocaína”.
“Mas não era a esquerda que tinha relação com o crime? É, Bolsonaro, cada dia um rolo novo pra explicar. Sua hora tá chegando”, escreveu a deputada.
Bolsonaro ainda não se manifestou sobre as declarações de Gleisi.