Corregedor do CNJ já afastou 22 magistrados e derrubou 12 perfis

Política Nacional

A Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem adotado uma postura mais rigorosa na fiscalização do comportamento dos magistrados. No último ano, foram abertos 50 processos administrativos disciplinares contra juízes, com o afastamento cautelar de 22 deles.

Uma das investigações mais rumorosas é sobre a gestão das multas dos acordos de delação e leniência da Operação Lava Jato. O senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da Lava Jato, é alvo do procedimento, que também vai verificar se ele usou a carreira na magistratura como plataforma política.

Outro caso que chamou a atenção foi a ordem do corregedor para investigar se juízes e servidores do Poder Judiciário participaram dos protestos do dia 8 de janeiro, que foram marcados por atos antidemocráticos.

A Corregedoria do CNJ também endureceu a fiscalização sobre o uso de redes sociais pelos juízes. Perfis de 12 magistrados foram derrubados em meio a 31 investigações. O bloqueio das contas é inédito em procedimentos administrativos. Juízes são proibidos de publicarem manifestações político-partidárias ou críticas a decisões judiciais.

As ações da Corregedoria do CNJ têm sido elogiadas por alguns setores, que consideram que elas são necessárias para garantir a independência e a imparcialidade do Poder Judiciário. Outros, porém, criticam a postura do corregedor, alegando que ela é excessiva e pode prejudicar a atuação dos juízes.

Ainda é cedo para dizer quais serão as consequências das ações da Corregedoria do CNJ. No entanto, é certo que elas estão provocando um debate importante sobre a conduta dos magistrados no Brasil.

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