OAB intervém para que suspeitos de agredir Moraes acessem vídeos

Política Nacional

A Comissão de Direitos e Prerrogativas da Seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil enviou um ofício ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, solicitando que a defesa dos suspeitos de hostilizarem o ministro Alexandre de Moraes em Roma tenha acesso às imagens das câmeras de segurança do Aeroporto de Fiumicino, na capital italiana.

O presidente da comissão, conselheiro seccional Luiz Fernando Pacheco, pediu que sejam tomadas as medidas necessárias para garantir o acesso às gravações, com base no Estatuto da Advocacia. A defesa da família sob investigação pretende encaminhar as imagens para uma perícia independente.

Até o momento, toda a investigação sobre o incidente ocorrido em julho, em Roma, está disponível ao público, exceto as mais de três horas de vídeo enviadas pelas autoridades italianas à Polícia Federal. O ministro Dias Toffoli argumentou que não era possível expor terceiros que aparecem nas gravações.

Os advogados envolvidos no caso têm a oportunidade de visualizar as imagens no gabinete de Toffoli, mediante autorização e agendamento, mas não obtiveram uma cópia do CD que guarda as mídias, que está sob a custódia do Supremo Tribunal Federal. A defesa busca o acesso sob o argumento de que pretende submeter os vídeos a uma perícia independente, da mesma forma que ocorreu com um vídeo no qual o ministro Moraes chama um dos supostos agressores de “bandido”.

Ao manter as gravações em sigilo, Toffoli fez referência a um relatório elaborado pela Polícia Federal, no qual se tentou reconstituir a dinâmica do incidente em Roma por meio do congelamento de trechos das gravações. No entanto, esse relatório foi questionado não apenas pela defesa dos investigados, mas também pelos próprios peritos federais.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *