Após nove meses completos do terceiro mandato de seu pai como presidente da República, Fábio Luis Lula da Silva, conhecido como Lulinha, está aparentemente se preparando para seu retorno ao mundo dos negócios. De acordo com informações publicadas pelo site Metrópoles, Lulinha reativou uma de suas empresas, a G4 Entretenimento Digital, que anteriormente prestava serviços para a operadora Oi.
O novo endereço da sede da empresa de Lulinha é motivo de controvérsia, uma vez que a sala está há anos bloqueada na Justiça devido ao seu antigo proprietário, um chefe do tráfico. Fontes próximas ao filho do presidente sugerem que o modelo de negócios da G4 não está finalizado, mas que Lulinha estaria interessado na área de jogos, possivelmente relacionada à programação da PlayTV.
A PlayTV, que pertencia ao Grupo Bandeirantes, mantinha um contrato com a Gamecorp, na qual Lulinha era sócio, para a exibição de videoclipes e programas relacionados a jogos. Posteriormente, a participação de Lulinha na empresa foi vendida ao filho do locutor esportivo Walter Abrahão, que depois a repassou a um advogado que já era parceiro no negócio.
A G4 Entretenimento Digital é uma das quatro empresas de Lulinha. A empresa era sócia da Br4 Participações, que, por sua vez, estava relacionada à Gamecorp. As empresas do filho de Lula foram alvo da Operação Lava Jato, que investigou repasses da Oi para a Gamecorp. O caso foi posteriormente transferido para São Paulo, e o Ministério Público Federal (MPF) solicitou seu arquivamento.
Após o término das operações da Lava Jato, Lulinha deixou suas empresas inativas. No entanto, ele reativou apenas uma delas, que é de consultoria e está localizada em seu apartamento em Moema, na Zona Sul de São Paulo. Quanto à G4 Entretenimento Digital, Lulinha registrou um novo endereço, uma sala de 34 metros quadrados.
No entanto, essa sala está bloqueada pela Justiça, uma vez que, de acordo com registros públicos, pertence à empresa Marysol, ligada a Gustavo Bautista, um conhecido chefe do tráfico internacional de drogas que está detido no Uruguai e foi investigado por suas atividades no Brasil.
De acordo com o Metrópoles, fontes próximas a Lulinha afirmam que ele estaria prestes a pagar a primeira mensalidade do aluguel, mas após ser contatado pela reportagem sobre a história do imóvel, ele teria ficado “assustado”. Portanto, é possível que ele esteja procurando outro local para sediar sua empresa.
